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Casa do Baile

| atualizado em
2016_07_26_Casa_do_Baile_@RicardoLaf_01_menor copy.jpgFoto: Ricardo Laf/PBH

 

Casa do Baile é centro de referência de urbanismo e arquitetura (Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e Design)


A Casa do Baile integra o Conjunto Moderno da Pampulha, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, idealizado por Juscelino Kubitschek e projetado por Oscar Niemeyer na década de 1940. A função original da Casa era ser um pequeno restaurante dançante, de uso mais popular. A fim de garantir sua preservação e requalificar seu uso, desde 2002 funciona como Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e Design, vinculado à Fundação Municipal de Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura. A Casa do Baile produz e abriga exposições, publicações, mostras, seminários, encontros e ações educativas relacionados aos temas de sua vocação museal.


A História da Casa

Referência da arquitetura moderna brasileira, o projeto original e o paisagismo da Casa do Baile foram concebidos por Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx, que propunham uma integração total com o ambiente da lagoa. Niemeyer afirma ter sido o projeto com o qual ele se ocupou das curvas (sua marca registrada) com mais desenvoltura. A planta se desenvolve a partir de duas circunferências que se tangenciam internamente. Delas desprende-se uma marquise sinuosa, bem ao gosto barroco, que provoca o olhar e dialoga com as curvas das margens da represa. Essa marquise é suportada por colunas e termina em outro pequeno volume de forma amebóide. À frente desse volume, há um pequeno palco circular cercado por um lago. O projeto estrutural é de autoria do engenheiro Albino Froufe.


Inaugurada em 1943, a edificação comportava um restaurante com pista de dança, cozinha e toaletes. Situada numa ilha artificial, ligada por uma pequena ponte de concreto à orla, a Casa do Baile foi projetada com a finalidade de criar na Pampulha um espaço de diversão popular.


Como espaço de lazer e entretenimento nas noites belo-horizontinas, logo tornou-se palco de atividades musicais e dançantes frequentada pela sociedade mineira. A proibição do jogo, no Brasil, em 1946, resultou no fechamento do Cassino, atual Museu de Arte da Pampulha - MAP, o que afetou o funcionamento da Casa do Baile fazendo com que esta encerrasse suas atividades.


A partir daquela data, sob a administração da Prefeitura, o espaço abrigou vários usos e variados fins comerciais. Nos anos 80, funcionou como anexo do MAP, como restaurante e acabou novamente fechada. Em 2002, a Casa do Baile foi reaberta após sua restauração, realizada sob a coordenação do próprio Niemeyer, com a colaboração dos arquitetos Álvaro Hardy e Mariza Machado Coelho. Com novos sistemas de climatização e iluminação, seus jardins também passaram por um processo de revitalização, obedecendo à intenção paisagística da proposta original de Burle Marx. Na ocasião da reinauguração, Oscar Niemeyer desenha dentro da Casa o croqui do conjunto arquitetônico da Pampulha, estabelecendo uma relação entre este e a construção de Brasília. Desde então, a Casa do Baile funciona como Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e Design.


Como reconhecimento de sua importância para a identidade cultural do país, a edificação mereceu o tombamento nas três esferas: federal, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN (1997); estadual, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais/IEPHA-MG (1984) e municipal, pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte/CDPCM/BH (2003). Em 2016 foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.


Educativo

As ações do Educativo se pautam pelo trabalho para a educação, para a cidadania e para o desenvolvimento de consciência estética, por meio de uma percepção de formas, volumes, cores e experiências com base na própria arquitetura da Casa do Baile. O Educativo realiza atividades relacionadas à vocação desse equipamento cultural – arquitetura, urbanismo e design – e outras no contexto das exposições em cartaz.


Visitas mediadas

As visitas mediadas à Casa do Baile podem ser agendadas através do e-mail cb.fmc@pbh.gov.br. São encontros dialógicos, nos quais podem ser abordados distintos aspectos e temáticas relacionados ao Conjunto Moderno da Pampulha, à própria Casa do Baile ou à exposição em cartaz. As visitas atendem a públicos distintos, como o escolar, turistas e especializado em arquitetura. O Educativo oferece ainda visitas mediadas sensoriais para pessoas com deficiência visual: cegueira e baixa visão.
 

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