Trabalhar a autoestima e a sensibilidade motora são alguns dos objetivos da oficina de Dança do Ventre, oferecida no Centro Cultural Lindeia Regina, equipamento mantido pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura. A oficina é ministrada voluntariamente pela professora Eva Maria Gonçalves, às terças-feiras, a partir das 19h30.
Segundo a gerente do Centro Cultural, Camila Goulart, a ideia de oferecer a oficina partiu da própria professora Eva, que já ministrava aulas de dança de salão. “Sua intenção foi contemplar as pessoas que não gostavam de danças realizadas em par”, explica.
As aulas têm em média 20 participantes, com idades que variam entre 35 e 65 anos, sendo que a grande maioria está na faixa dos 50 anos. A técnica ensinada é a dança do ventre clássica, que possui influência do balé clássico. Participam alunas de vários bairros do Barreiro e também de moradoras de Contagem e de Ibirité.
Camila Goulart ressalta que diversas alunas relacionam a prática da dança do ventre com a melhoria da saúde. Como é o caso de Ebedir Bernardes, aposentada, 54 anos, que depois de um grave acidente sofrido pela neta, viu a oficina como uma forma de se desligar dos problemas. Ou a comerciante Rosimeire Carvalho, 56 anos, que encontrou na atividade uma oportunidade de interação. “A dança promove a união, nos tira da rotina e trabalha a autoestima. A atenção e o carinho da professora impressionam. Venho fazer aula satisfeita”, afirma.
Por sua vez, Marina Santiago, 55 anos, ressalta outra questão. “A oficina desperta a feminilidade, faz a gente acreditar no nosso potencial e capacidade. Enquanto se dança, é possível esquecer as preocupações que nos afligem. Sinto-me realizada como pessoa e como mulher", comemora Marina.
Canal de socialização
Camila Goulart ressalta a importância da atividade para o Centro Cultural Lindeia Regina. “Através da oficina, é possível trabalhar o contato com outras culturas, as questões relacionadas à feminilidade, autoconhecimento, consciência corporal, além de estabelecer um canal de socialização a partir de vivências coletivas que acabam por formar vínculos afetivos”, salienta. A gerente também destaca o valor artístico da apresentação: “É um belo espetáculo para quem está na plateia, pois as apresentações do grupo são sempre muito bem recebidas pelo público”.
O grupo originado a partir da oficina chama-se "Namastê". As dançarinas já se apresentaram no próprio Centro Cultural, em grandes eventos como o Descontorno Cultural 2015 e 2016, e também em outros locais como o Centro de Saúde Regina.
O Centro Cultural Lindeia Regina está localizado na Rua Aristolino Basílio de Oliveira, 445, bairro Regina. Ele funciona de segunda à sexta, das 7h às 22h; e aos sábados, das 7h às 18h. Os telefones são: 3277-1515 e 3277-1547. E-mail: cclr.fmc@pbh.gov.br