Nas ruas do Bairro Copacabana, na região de Venda Nova, Tiago Gonçalves vai batendo de porta em porta e gentilmente conversa com a população. Conhecido em toda comunidade, o Agente de Combate a Endemias (ACE) aborda o morador e pede licença para fazer a vistoria de rotina. O trabalho do agente, que para muitos é aparentemente fácil, requer muita disposição física, cordialidade e um olhar técnico bem apurado. É dele a responsabilidade de identificar possíveis riscos à saúde e orientar o morador quanto à necessidade de resolvê-los e sobre como fazer.
O trabalho dos ACEs em Belo Horizonte começou na década de 90. Em quase 20 anos de atuação na cidade, esses profissionais tiveram que se qualificar e se adaptar às mudanças pelas quais a capital passou, tanto em termos demográficos quanto ambientais. Os primeiros ACEs foram contratados para ajudar a conter o surto de dengue que atingiu a capital nos anos 90. Hoje, além da dengue, os agentes trabalham diretamente no controle de outras zoonoses, como a leishmaniose, leptospirose, raiva, esporotricose, febre maculosa, febre amarela, chikungunya e zika, entre outras.
Em um lava-jato da região, Tiago mostra um exemplo de como, em uma visita, ele precisa estar atento a vários fatores de risco. “Aqui nós encontramos três situações de alerta. Além dos focos do Aedes (aegypti, o mosquito transmissor), precisamos verificar constantemente se há a presença de escorpiões e roedores, pois o ambiente é propício para o aparecimento desses animais”. Ele percorre todo o espaço e orienta o responsável pelo local sobre a necessidade de eliminar os inservíveis, restos de comida e lixo, e organizar o espaço.
Além de conscientizar o morador de forma individual, o agente também realiza um trabalho de mobilização na vizinhança. Na casa da senhora Geralda Francisca, os cuidados são tomados, mas no lote que é compartilhado com outras três famílias, são encontrados possíveis criadouros do mosquito. Entra em ação o papel mediador do ACE que, de forma cuidadosa, sensibiliza os vizinhos sobre a importância de cada um fazer a sua parte. “Quando eu falo não adianta muito, mas quando o agente vem aqui, o pessoal escuta mais. Por isso eu sempre conto com a visita e eu gosto que ele venha”, diz a aposentada.
O trabalho dos ACEs em Belo Horizonte começou na década de 90. Em quase 20 anos de atuação na cidade, esses profissionais tiveram que se qualificar e se adaptar às mudanças pelas quais a capital passou, tanto em termos demográficos quanto ambientais. Os primeiros ACEs foram contratados para ajudar a conter o surto de dengue que atingiu a capital nos anos 90. Hoje, além da dengue, os agentes trabalham diretamente no controle de outras zoonoses, como a leishmaniose, leptospirose, raiva, esporotricose, febre maculosa, febre amarela, chikungunya e zika, entre outras.
Em um lava-jato da região, Tiago mostra um exemplo de como, em uma visita, ele precisa estar atento a vários fatores de risco. “Aqui nós encontramos três situações de alerta. Além dos focos do Aedes (aegypti, o mosquito transmissor), precisamos verificar constantemente se há a presença de escorpiões e roedores, pois o ambiente é propício para o aparecimento desses animais”. Ele percorre todo o espaço e orienta o responsável pelo local sobre a necessidade de eliminar os inservíveis, restos de comida e lixo, e organizar o espaço.
Além de conscientizar o morador de forma individual, o agente também realiza um trabalho de mobilização na vizinhança. Na casa da senhora Geralda Francisca, os cuidados são tomados, mas no lote que é compartilhado com outras três famílias, são encontrados possíveis criadouros do mosquito. Entra em ação o papel mediador do ACE que, de forma cuidadosa, sensibiliza os vizinhos sobre a importância de cada um fazer a sua parte. “Quando eu falo não adianta muito, mas quando o agente vem aqui, o pessoal escuta mais. Por isso eu sempre conto com a visita e eu gosto que ele venha”, diz a aposentada.
Referência nacional
Atualmente, Belo Horizonte conta com aproximadamente 1.200 ACEs. Somente neste ano, eles realizaram 3.222.036 visitas domiciliares, o que dá uma média de 16 visitas por dia útil para cada agente.
A quantidade de visitas realizadas pelos ACEs na capital é superior ao que é preconizado pelo Ministério da Saúde. Para garantir a eficiência e eficácia dessas ações, os agentes passam por capacitações e reciclagens com biólogos e médicos veterinários da rede municipal de saúde.
Além das vistas de rotina, eles também são responsáveis por realizar o LIRAa (Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti), que identifica as áreas da cidade com maior infestação do mosquito e os criadouros predominantes. Por meio deste levantamento, são mapeadas as regiões que necessitam de uma cobertura maior de ações e mobilização social. O LIRAa é realizado três vezes ao ano, em janeiro, março e outubro.
Belo Horizonte é referência no país no combate à dengue e em ações de promoção à saúde, mas tal reconhecimento só é possível quando há cooperação e empenho por parte de todos os envolvidos. O trabalho desses profissionais contribui diretamente para os resultados das ações realizadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), no sentido de conter o avanço de doenças no território, como reforça a bióloga e referência técnica da gerência de controle de zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Ana Carolina Lemos Rabelo. “O Agente de Combate a Endemias executa um importante papel de educação em saúde voltado para a vigilância, prevenção e controle de doenças. Durante as vistorias que são realizadas ao longo do ano, ele repassa orientações importantes à população e o seu papel é fundamental para que as ações sejam, de fato, satisfatórias.”