Uma ação em prol da coleta seletiva teve início, neste mês de outubro, na Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira (Emplo), localizada no bairro Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte. A campanha tem como objetivo levar conscientização e mobilizar os alunos e moradores do bairro para separarem corretamente o lixo.
A professora de geografia da Emplo Luísa Torres Furtado foi uma das mobilizadoras desse projeto, chamado de Rede Lixo Zero, que conta com a parceria da Cooperativa Solidária de Trabalhadores e Grupos Produtivos da região Leste (Coopersol Leste) e com o apoio dos moradores da região. Para ela, o interessante foi que a ação partiu dos próprios alunos e se desenvolveu para além dos muros da escola. “Nosso objetivo maior é proporcionar a vivência ambiental no meio escolar para possibilitar a ação dos alunos enquanto cidadãos planetários e conscientes da questão ambiental”, disse.
O pontapé inicial do projeto ocorreu por meio de uma ação motivacional, um pequeno teatro contado por dois personagens, “Dona Recicla” e “Senhor Cata Tudo”, para chamar a atenção dos estudantes para o descarte correto do lixo, incentivando-os a trazerem os materiais recicláveis de casa e colocarem nos coletores distribuídos pela Escola.
João Vitor Vasconcelos, de 15 anos, aluno da Emplo, ficou contente com o início da Rede Lixo Zero. “O projeto é muito importante, pois, mesmo sendo um assunto muito falado, ainda sofremos em relação ao acúmulo de lixo, e o projeto nos ajuda a refletir sobre a nossa contribuição quanto à coleta seletiva”, refletiu.
Para a presidente da Coopersol Leste, Vilma da Silva Estevam, a participação da escola na implantação da coleta seletiva foi fundamental para chamar atenção para uma causa importante que sempre vem sendo discutida, que é a separação do lixo para o seu melhor destino. “A partir deste projeto podemos desenvolver uma conscientização social nos alunos, nos moradores, e trabalhar com a coleta seletiva, que será realizada todas as segundas-feiras, a partir das 7h”, afirmou.
De acordo com Luísa, a expansão do projeto vai depender da organização da rede e da mobilização da população do bairro. No momento, a coleta seletiva ocorrerá somente nos arredores da escola.