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Escolas municipais oferecem atividades para a comunidade

Dois casais dançando em escola municipal, atividade que faz parte do Projeto Escola Aberta.Foto: Divulgação/PBH

Escolas municipais oferecem atividades para a comunidade

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A escola é um lugar de aprendizado, socialização e de troca de conhecimentos. Espaço no qual se descobre talentos e se faz novas amizades. Mas o que muitos não sabem é que escola não é somente um lugar que recebe alunos e professores. Muitas vezes, ponto de referência de um bairro, o espaço pode ser, também, ponto de encontro, lazer, esporte, formação e cultura para toda a comunidade. É nessa perspectiva que a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed), realiza o Programa Escola Aberta, que oferece uma diversificada programação, aos sábados e domingos, em 170 escolas municipais da cidade.

Para a gerente de Integração do Programa Escola Aberta, Marcelle Azzi, a abertura das escolas nos fins de semana potencializa a parceria entre escola e comunidade ao ocupar criativamente o espaço escolar com a oferta de atividades educativas, culturais, esportivas, de formação inicial para o trabalho e geração de renda. “O investimento no programa tem como resultado o fortalecimento dos laços entre escola e comunidade. Os supervisores, oficineiros, coordenadores e professores comunitários que atuam no programa são também da comunidade e isso é um grande triunfo. É diferente ter alguém da comunidade abrindo as portas da escola. O que fazemos é valorizar e priorizar os laços afetivos, ao mesmo tempo, que contribuímos também para a formação com um cunho mais pedagógico, abrindo espaços para novos conhecimentos”, revela. 

A comunidade se apropriou do espaço e participa ativamente das oficinas. “Eu faço aulas de dança e gosto muito, e têm outras coisas interessantes nas oficinas de artesanato também. Acho importante esse espaço, principalmente, em comunidades carentes. Além de poder fazer várias atividades gratuitas, é uma oportunidade de novos aprendizados e de conhecer melhor as pessoas”, afirma a faxineira Jaqueline Duarte, de 45 anos, que frequenta o Escola Aberta no bairro Ipiranga.

O porteiro Sérgio Ventura, de 52 anos, do bairro Aparecida, que há quatro meses conheceu o programa, reforça a contribuição do Escola Aberta em locais carentes de espaços de interação para a comunidade. “É um programa excelente, com várias opções. Tem futebol, informática, artesanato, capoeira, dança, música. Tem de tudo. Mas é preciso que mais pessoas possam conhecer e participar, porque quem conhece vê como é bom tudo isso”, elogia.
 
 

Atividades para todas as idades

Totalmente financiado com recursos do município, o Programa Escola Aberta da Prefeitura de Belo Horizonte registra cerca de 70 mil participantes por mês em toda a cidade. A programação diversificada é oferecida durante todo o ano, aos sábados e aos domingos, em todas as escolas participantes. O horário de funcionamento é definido por cada escola e os interessados podem procurar as escolas mais próximas para orientações.

Além de diversas oficinas, em 33 das 170 escolas do programa, as bibliotecas ficam abertas para toda a comunidade. Para a gerente Marcelle Azzi, as atividades são para todas as idades e cada projeto é desenhado de acordo com o perfil da comunidade. “Tem escola que atende mais crianças, então são oferecidas mais oficinas de jogos, brinquedos e brincadeiras. Outras são voltadas para os esportes, como a capoeira que contempla um público mais jovem. Há aquelas nas quais o artesanato é o que atrai mais senhoras” Marcelle destaca que a variedade da programação é o que torna o projeto de sucesso. “Essa é a magia do Escola Aberta: o encontro da senhora do artesanato com a criança das oficinas, com o jovem capoeirista, por exemplo. Essa multiplicidade que faz da escola, também, um ponto de encontro. Mesmo quem não participa das atividades pode vir e trazer a família, para ver e interagir com as outras pessoas”, afirma. 

Para o ano de 2018, a Secretaria Municipal de Educação traz novas propostas para o Programa, conforme informa a gerente. “Queremos integrar ainda mais o Escola Aberta ao Leituras em Conexão, outro Programa da Smed. Atualmente, temos 33 bibliotecas abertas todos os sábados e a perspectiva é aumentar esse número e o público, estimulando e incentivando o hábito da leitura. Outra proposta é fazer a formação com os coordenadores e professores comunitários e realizar uma cartografia social do entorno da escola, trazer para dentro do Escola Aberta o que tem de social, de cultural no bairro. Por exemplo, se tem um grupo de dança, de teatro, convidá-los para fazer parte do Escola Aberta, ampliando nossas parcerias”, informa Azzi. 

Para participar, basta procurar a escola de interesse, comparecer nos dias e horário do Escola Aberta  e escolher as atividades que quer participar, dentro programação ofertada no dia.

 

17/01/2018. Escola Aberta- Dança de Salão. Fotos: Divulgação/SMED

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