No dia 21 de novembro foi realizado no auditório da Coordenadoria de Atendimento Regional Leste (Care-L) uma capacitação sobre psoríase para enfermeiros e médicos dos Centros de Saúde da Regional Leste. A atividade fez parte da celebração do Dia Mundial da Psoríase (29/10), voltada para a conscientização das pessoas com relação à doença.
De acordo com o dermatologista Luiz Alberto Bomjardim Pôrto, responsável pela capacitação, o tema é de grande importância para todos os profissionais de Saúde, não só da Atenção Secundária, como o Centro de Especialidade Médicas (CEM), mas também para a Atenção Primária, como os Centros de Saúde, já que a psoríase é uma doença de pele relativamente comum.
Para o gerente do CEM da Regional Leste, Mateus Figueiredo Martins Costa, “é fundamental a existência de espaços voltados à educação permanente em saúde, pois através deles conseguimos qualificar a rede assistencial, contribuindo de maneira efetiva para uma assistência de qualidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) – BH. O evento foi muito produtivo, pois possibilitou uma troca de experiências bem como a exposição de conhecimentos técnicos acerca do tema ‘psoríase’, além de informações a respeito de fluxo assistencial e linhas de cuidado em rede”.
Psoríase
A psoríase é uma doença crônica, não contagiosa e de causa desconhecida. Há indícios de que ela pode ter causas relacionadas ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética.
De acordo com Luiz Alberto, os sintomas da psoríase variam de paciente para paciente, conforme o tipo da doença, mas podem incluir: manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas, pequenas manchas escalonadas, pele ressecada e rachada, às vezes, com sangramento coceira, queimação e dor, unhas grossas, sulcadas ou com caroços, inchaço e rigidez nas articulações.
“Em casos de psoríase moderada pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas; mas, nos casos mais graves, ela pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente a qualidade de vida e a autoestima do paciente”, afirma.
Há vários tipos de tratamento para a doença, desde medicações tópicas (aplicação diretamente na pele) até medicações orais ou injetáveis. Segundo Luiz Alberto, nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos apenas na região das lesões e a exposição diária ao sol são suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas. Já em casos graves, é necessário iniciar tratamentos com medicação via oral ou injetável, e necessitam do uso de remédios chamados imunobiológicos.