Desde março deste ano, o estudante Lucas Belchior Souza de Oliveira, do 9º período do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), desenvolve uma pesquisa sobre o comportamento de três espécies de peixes presentes no Aquário da Bacia do Rio São Francisco da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH).
O objetivo do estudo é avaliar a influência de técnicas de enriquecimento ambiental nos parâmetros clínicos, comportamentais e de qualidade de vida do matrinxã, curimatã-pacu e acará-topete.
Para a realização da pesquisa na FZB-BH, Lucas tem recebido o acompanhamento de vários profissionais das equipes do Jardim Zoológico. “Estou tendo um auxílio multissetorial e multidisciplinar, que envolve as equipes do Aquário, da Área de Bem-Estar Animal e do Hospital Veterinário”, diz.
Para o biólogo do Aquário, Thiago Carvalho, o projeto possibilita uma avaliação de técnicas utilizadas para melhorar o bem-estar dos peixes. “Ao avaliarmos o efeito de técnicas de enriquecimento ambiental sobre o comportamento dos animais, temos uma melhor resposta sobre o que é melhor para cada espécie. Não ficamos dependendo apenas do ‘achismo’ baseado no ponto de vista humano. Especialmente para animais tão pouco conhecidos pela ciência.”
Conforme explica Lucas Oliveira, os estudos de comportamento e clínica de peixes neotropicais estão cada vez mais comuns no meio científico, porém, muitas informações ainda são escassas. “Ainda mais as relativas às espécies matrinxã e curimatã-pacu, demonstrando outra importância em se conhecer as adaptações desses animais quando fora do seu ambiente natural”, explica o estudante, que também integra o Grupo de pesquisa em Conservação, Ecologia e Comportamento Animal da PUC Minas.
O projeto de Lucas é orientado pelas professoras Maria Isabel Vaz de Melo e Angélica da Silva Vasconcellos, da PUC Minas. A primeira ministra aulas no curso de medicina veterinária, enquanto a segunda é da pós-graduação em zoologia dos vertebrados, e pesquisadora do Grupo de pesquisa em Conservação, Ecologia e Comportamento Animal da mesma instituição.
Maria Isabel acredita que o estudo vai permitir que os animais tenham maior qualidade de vida fora do habitat natural e que haja uma conscientização do público sobre a relevância desses peixes. “O espaço do Aquário é único, pois reproduz o ambiente natural dos animais e ao mesmo tempo propicia condições para pesquisa e conhecimento dessas espécies de peixes. Além disso, o Aquário é um local que permite, por meio da educação ambiental, a sensibilização das pessoas para a conservação das espécies”, afirma.
Estímulos ambientais
Vale ressaltar que a avaliação comportamental é realizada por meio da observação dos peixes e do detalhamento dos comportamentos exibidos antes, durante e após o uso dos enriquecimentos ambientais. Associado a isso, após cada etapa, os peixes são contidos para a avaliação clínica. “Para avaliar a percepção da equipe do Aquário e visitantes sobre qualidade de vida de peixes que estão fora do seu ambiente natural, iremos aplicar também um questionário específico para a compreensão dos dados”, esclarece Lucas.
As intervenções utilizando estímulos ambientais são provadas cientificamente em termos de eficiência para melhorar o estado de bem-estar de muitos vertebrados, incluindo os peixes, já que essas intervenções podem trazer benefícios, como o aprimoramento das habilidades cognitivas e de aprendizagem; a melhoria nas habilidades de forrageio (ou seja, o animal que é estimulado pelos enriquecimentos pode aumentar a taxa de procura e de ingestão dos alimentos da sua dieta); ou, ainda, o aumento de comportamentos locomotores, crescimento corporal melhorado, melhor utilização dos alimentos, aumento do processo de cura de lesões na pele e sobrevida geral. Todos esses são fatores importantes que ocorrem em vida livre e estão diretamente relacionados à qualidade de vida dos animais.
O objetivo do estudo é avaliar a influência de técnicas de enriquecimento ambiental nos parâmetros clínicos, comportamentais e de qualidade de vida do matrinxã, curimatã-pacu e acará-topete.
Para a realização da pesquisa na FZB-BH, Lucas tem recebido o acompanhamento de vários profissionais das equipes do Jardim Zoológico. “Estou tendo um auxílio multissetorial e multidisciplinar, que envolve as equipes do Aquário, da Área de Bem-Estar Animal e do Hospital Veterinário”, diz.
Para o biólogo do Aquário, Thiago Carvalho, o projeto possibilita uma avaliação de técnicas utilizadas para melhorar o bem-estar dos peixes. “Ao avaliarmos o efeito de técnicas de enriquecimento ambiental sobre o comportamento dos animais, temos uma melhor resposta sobre o que é melhor para cada espécie. Não ficamos dependendo apenas do ‘achismo’ baseado no ponto de vista humano. Especialmente para animais tão pouco conhecidos pela ciência.”
Conforme explica Lucas Oliveira, os estudos de comportamento e clínica de peixes neotropicais estão cada vez mais comuns no meio científico, porém, muitas informações ainda são escassas. “Ainda mais as relativas às espécies matrinxã e curimatã-pacu, demonstrando outra importância em se conhecer as adaptações desses animais quando fora do seu ambiente natural”, explica o estudante, que também integra o Grupo de pesquisa em Conservação, Ecologia e Comportamento Animal da PUC Minas.
O projeto de Lucas é orientado pelas professoras Maria Isabel Vaz de Melo e Angélica da Silva Vasconcellos, da PUC Minas. A primeira ministra aulas no curso de medicina veterinária, enquanto a segunda é da pós-graduação em zoologia dos vertebrados, e pesquisadora do Grupo de pesquisa em Conservação, Ecologia e Comportamento Animal da mesma instituição.
Maria Isabel acredita que o estudo vai permitir que os animais tenham maior qualidade de vida fora do habitat natural e que haja uma conscientização do público sobre a relevância desses peixes. “O espaço do Aquário é único, pois reproduz o ambiente natural dos animais e ao mesmo tempo propicia condições para pesquisa e conhecimento dessas espécies de peixes. Além disso, o Aquário é um local que permite, por meio da educação ambiental, a sensibilização das pessoas para a conservação das espécies”, afirma.
Estímulos ambientais
Vale ressaltar que a avaliação comportamental é realizada por meio da observação dos peixes e do detalhamento dos comportamentos exibidos antes, durante e após o uso dos enriquecimentos ambientais. Associado a isso, após cada etapa, os peixes são contidos para a avaliação clínica. “Para avaliar a percepção da equipe do Aquário e visitantes sobre qualidade de vida de peixes que estão fora do seu ambiente natural, iremos aplicar também um questionário específico para a compreensão dos dados”, esclarece Lucas.
As intervenções utilizando estímulos ambientais são provadas cientificamente em termos de eficiência para melhorar o estado de bem-estar de muitos vertebrados, incluindo os peixes, já que essas intervenções podem trazer benefícios, como o aprimoramento das habilidades cognitivas e de aprendizagem; a melhoria nas habilidades de forrageio (ou seja, o animal que é estimulado pelos enriquecimentos pode aumentar a taxa de procura e de ingestão dos alimentos da sua dieta); ou, ainda, o aumento de comportamentos locomotores, crescimento corporal melhorado, melhor utilização dos alimentos, aumento do processo de cura de lesões na pele e sobrevida geral. Todos esses são fatores importantes que ocorrem em vida livre e estão diretamente relacionados à qualidade de vida dos animais.