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Operação Sentinela se consolida como política de segurança

Dois guardas municipais conversam com cidadã na rua, um terceiro guarda observa a rua.Foto: Divulgação PBH

Operação Sentinela se consolida como política de segurança

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A estudante Gleiciane Cristina, de 24 anos, procurava a localização da Igreja de São José, enquanto caminhava nas proximidades da Praça Sete. A jovem avistou uma equipe da Guarda Municipal, que estava atenta à movimentação de pedestres, e foi se informar. Devido à presença dos agentes de segurança, ela não teve receio de tirar o celular da bolsa e ainda conferir a hora. Em seguida, mesmo com pressa, agradeceu o apoio. 

Já para a dona de casa Lucília Dorneles, de 53 anos, que na mesma ocasião seguia na companhia do neto de 9 anos pela avenida Afonso Pena, a presença dos guarda municipais nas ruas trouxe, sobretudo, tranquilidade. “Quando vejo os guardas, fico menos tensa e até consigo afrouxar a bolsa que, normalmente, trago agarrada ao meu corpo”, declara.
 


Hipercentro

Atuando como uma das protagonistas da segurança na capital, a Guarda Municipal de Belo Horizonte (GMBH) colhe bons resultados após primeiro ano de implantação de Projeto de Segurança Preventiva. Lançada em 27 de março de 2017, a Operação Sentinela tem se destacado pelo empenho de um efetivo de 120 guardas municipais no patrulhamento a pé das três praças do Hipercento de BH que concentram maior fluxo de pessoas e que vinham sendo palco de ocorrências de roubo a transeuntes. São elas a Praça Sete, a Praça Rio Branco (Praça da Rodoviária) e a Praça da Estação. Os agentes realizam abordagens a pessoas com atitude suspeita e fazem a repressão do crime quando presenciam flagrantes de furto, roubo ou outros delitos
 
O balanço final das atuações da Operação Sentinela em 2017 apontou que foram realizadas 13.635 intervenções preventivas focadas na prevenção de crimes e na orientação de pedestres, como abordagens a pessoas, visitas a comerciantes e o repasse de dicas e orientações de autoproteção. O período somou o registro total de 197 ocorrências.  
 


Queda em índices de criminalidade 

A nova postura da Guarda Municipal se somou às ações das polícias estaduais e resultou na redução dos índices de criminalidade na cidade. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais (SESP), os roubos na capital tiveram uma queda de 15,9%, e os homicídios apresentaram uma redução de 13,9%, no período de janeiro a outubro de 2017, em comparação com o mesmo período de 2016. 
 
Experiente no trabalho em escolas e centros de saúde, o guarda municipal Gilson Barbosa, que há seis meses atua na Operação Sentinela, na Praça Sete, diz que a adaptação para essa missão foi rápida. “O trabalho que faço aqui na praça é semelhante às tarefas que eu desempenhava em outros locais, já que prioriza a prevenção ao crime e o cuidado com as pessoas”, alega.
 


Trabalho planejado 

A decisão de colocar a Guarda Municipal em locais com maior incidência de criminalidade foi resultado de um criterioso estudo, que mapeou as áreas, os tipos de ocorrências e o modo de operação dos criminosos. O levantamento apontou que algumas áreas do Hipercentro demandavam uma ação urgente do poder público. 
 
Para o secretário municipal de Segurança e Prevenção (SMSP), Genilson Zeferino, o crime é um fenômeno que pode ser estudado e combatido, mas exige que as ações de segurança sejam executadas de forma planejada. “A equipe da Secretaria de Segurança identificou uma alta incidência de crimes em determinados pontos da cidade, principalmente crimes contra o patrimônio. Após mapearmos esses locais, agimos rápido. Isso porque o crime acontece exatamente quando há um criminoso motivado, há uma vítima disponível e há falta de vigilância das forças de segurança”, destaca.
 


Parceria com a população 

O turno de trabalho dos agentes da GMBH que atuam na Operação Sentinela é realizado de 6h às 23h, com revezamento de equipes. Os guardas são posicionados em locais estratégicos, para que sejam vistos e solicitados pela população. Após as 23h, o patrulhamento nas ruas e avenidas passa a ser realizado por viaturas e com o uso das câmeras de segurança do Centro de Operações de BH (COP-BH). 
 
“A população já se acostumou com a presença de nossa equipe. Passamos grande parte do nosso horário de trabalho ajudando e conversando com a população e eles nos ajudam, por sua vez, denunciando casos suspeitos e, às vezes, param apenas para conversar conosco”, conta o guarda municipal Gilson Barbosa.
 
 

05/02/2018. Operação Sentinela. Fotos: Divulgação/PBH

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