Com mais de 50 mil registros, os mapas do acervo da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel) contam cada detalhe sobre o crescimento da capital mineira, que vai completar 120 anos de fundação no dia 12 de dezembro deste ano.
Todos os mapas encontram-se devidamente catalogados, os exemplares mais antigos têm quase cem anos de existência. A maior parte do acervo está hoje no Arquivo Público Municipal, no bairro Floresta, enquanto alguns estão armazenados no prédio sede da Prodabel, no bairro Caiçara.
“Antigamente, tudo ficava na Prodabel, mas, para manter a conservação, optamos por levar para o Arquivo Público”, conta a analista em Mapeamento Urbano da Prodabel, Thaísa Santos Faria. Segundo ela, antes da transferência, foi realizado um minucioso trabalho de limpeza e higienização. O arquivamento de todo o conteúdo na nova casa ainda é executado e o espaço no qual ficarão os mapas reúne todas as condições para preservar o material.
Os mapas, além de contarem a história da capital, também têm outras utilidades. Por meio deles é possível identificar quem é o proprietário de uma determinada área, resolver questões judiciais, avaliar um projeto de edificação, entre outras funções. “Se não existissem estes dados, não teríamos nada. Através deles é possível ter uma compreensão melhor da cidade”, explica Thaísa.
Por conta deste papel, outro trabalho realizado pela equipe de geoprocessamento da Prodabel também chama a atenção: o de digitalização do arquivo. Cerca de 30 mil unidades já estão disponíveis no computador, o que dá maior celeridade ao atendimento das demandas da população. Segundo Thaísa, antes o atendimento era de balcão, ou seja, a pessoa tinha que ir até a Prodabel para solicitar uma imagem - mas isso já mudou. “Hoje é possível resolver todas as questões de maneira mais rápida e pela internet”.
Fotos aéreas
Além dos mapas, a Prodabel possui ainda um acervo importante de fotos aéreas. Os registros, feitos em 1989, 1994, 2007 e 2015, servem para coletar informações detalhadas que, posteriormente, são utilizados na elaboração e criação de mapas. Além disso, é possível detectar a evolução da cidade e a ocupação de espaços. Todo este trabalho é usado por vários setores da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), como as secretarias municipais de Finanças e de Regulação Urbana, além da Companhia Urbanizadora de BH (Urbel), entre outros.