Iniciais do prenome dos integrantes Keust Pablo Silvano, Rafael Matoso, Emanuelly de Freitas Morais Barros e Lucas Dias Santiago, a equipe K.R.E.L. é a primeira vencedora do Hackathon, uma competição institucional promovida pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) com o propósito de gerar soluções para a cidade.
O termo Hackathon significa “maratona de programação” e resulta de uma combinação das palavras inglesas “hack” (programar de forma excepcional) e “marathon” (maratona). O encontro reúne pessoas de diversas áreas, que buscam soluções para desafios previamente apresentados, utilizando a tecnologia como aliada. Criado nos Estados Unidos no fim da década de 90, o projeto chegou ao Brasil há cerca de seis anos.
Em Belo Horizonte, dez equipes – formadas por funcionários da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel) – participaram da disputa ao longo de 20 dias.
Além da Prodabel, cinco setores da Prefeitura – saúde, mobilidade urbana, educação, políticas sociais e finanças– apresentaram desafios e os times criaram soluções que, obrigatoriamente, deviam ter a tecnologia como aliada. A final do evento foi realizada no último dia 4 de agosto, no auditório do UNI-BH, no bairro Buritis.
O quarteto da K.R.E.L conquistou o prêmio, no valor de R$ 1,2 mil. Os integrantes escolheram o tema proposto pela Secretaria de Finanças e apresentaram uma ideia que visa a garantir a autenticidade do usuário pessoa física que se cadastra no sistema financeiro da PBH. “A nossa proposta, na verdade, poderá ser usada por todos os setores da Prefeitura, o que dará celeridade também a outros processos. Uma vez cadastrado, o usuário terá todos os seus dados disponíveis e com segurança”, explica Rafael Matoso.
Além da ideia vencedora, o time concorreu com uma solução para o tema sugerido pela BHTrans, que consiste na utilização de um aplicativo que conecta os motoristas do transporte público e usuários com mobilidade reduzida. “Mesmo com pouco tempo, decidimos atuar em duas frentes e focar também no lado social. Nos dois casos é possível oferecer melhores serviços para as pessoas”, diz Emanuelly.
Comunidade tecnológica de BH
Apesar de o primeiro lugar no pódio ter ficado com o time K.R.E.L, pode-se dizer que, na prática, a grande vencedora da disputa é a cidade de Belo Horizonte. Isso porque todas as propostas apresentadas podem servir como referência para solucionar os desafios. Ou seja, mesmo que uma ideia não tenha sido a campeã, ela poderá ser utilizada.
O presidente da Prodabel, Leandro Garcia, aprovou este primeiro evento. “Tivemos ótimas propostas em todas as áreas e vamos apresentá-las para os setores responsáveis. Esta é a verdadeira vocação do Hackathon: utilizar a tecnologia para buscar soluções e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida do cidadão.”
A expectativa de Garcia é que as próximas edições envolvam toda a comunidade tecnológica da capital. “Nossa cidade possui um potencial muito grande. Na primeira edição fizemos uma espécie de teste e convidamos apenas funcionários da Prodabel, mas nas próximas oportunidades vamos ampliar a estrutura e convidar todo o ecossistema empreendedor da cidade.”