Usuária do transporte coletivo em Belo Horizonte, mais especificamente como passageira das linhas 8208 e 205, Fabrícia Caldas fala o que espera encontrar nesse serviço como cidadã. “O mais importante é a segurança; depois, os horários certinhos, ainda mais para quem trabalha; e, por fim, a educação e a simpatia dos funcionários, principalmente do motorista.”
Pois essas características são alvo de fiscalizações diárias realizadas pela BHTrans. O objetivo é fazer cumprir os mais de 100 requisitos estabelecidos para a operação do transporte coletivo, tendo como meta a qualidade do serviço prestado para a população.
Para isso, a empresa faz verificações que abrangem desde as condições dos veículos à operação do sistema, passando pelo cumprimento dos horários e itinerários, os pontos de embarque e desembarque, a circulação pelas ruas e avenidas e o comportamento dos operadores (motoristas e cobradores), entre outros itens.
Uma dessas fiscalizações são as vistorias preventivas feitas nos pontos finais das linhas, nos bairros e nas áreas de estocagem dos ônibus, nas estações de integração do BHBUS/MOVE - Barreiro, Vilarinho, Pampulha, São Gabriel, Venda Nova e Diamante. Nesses locais, técnicos da BHTrans fazem um check up nos veículos.
Nas plataformas de embarque e desembarque dessas estações são checados aspectos da operação das linhas, como a pontualidade nos horários de partida, o alinhamento correto dos ônibus em relação ao meio-fio e a acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes.
“As equipes cobram o cumprimento do que é estabelecido, desde afixação do quadro de horários, cartazes informativos, telefones de contatos para os usuários e o funcionamento do validador - dentro dos coletivos -, como redobram a atenção naqueles aspectos ligados diretamente à segurança, como pneus, extintores, freios e a parte elétrica”, explica Artur José Dias de Abreu, gerente de Auditoria e Operação de Transportes da BHTrans.
Controle eletrônico
As fiscalizações ocorrem durante 24 horas nos 365 dias do ano. Isso é possível com a associação do trabalho dos técnicos, que se revezam em quatro turnos, com o uso da tecnologia que permite obter um retrato do funcionamento dos coletivos nas vias.
Um sistema eletrônico localizado no Centro de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) dá acesso, por meio de mapas digitais, a todos os ônibus da frota, com informações da localização ao longo do itinerário, os horários, os intervalos entre as viagens e o funcionamento das linhas nos corredores do MOVE Antônio Carlos e Cristiano Machado.
O supervisor de Auditoria e Operação de Transportes José Celso Lana fala dos benefícios do sistema. “Fazemos uma gestão do transporte de maneira bem ampla. Há um painel de gestão de viagem que nos mostra o número da linha e do ônibus, a hora programada para saída e o horário em que de fato foi dada a partida, as vias por onde o ônibus está passando, tudo isso em tempo real. Por isso, sabemos dos cumprimentos e omissões e podemos atuar sobre as irregularidades.”
José Celso conta que em uma situação de atraso ou omissão de viagem é feito um contato com o consórcio que opera a linha por meio do Transfácil (consórcio formado pelas empresas de transporte) e é determinada a entrada de outro carro na linha ou realização de viagens extras. Além de interferir para solucionar o problema, a BHTrans autua a empresa, não havendo ocorrência que justifique o descumprimento das regras estabelecidas.
“Avaliamos a situação como um todo. Se há manifestação na área central, por exemplo, não adianta colocar mais ônibus; é melhor administrar as viagens, acionando os agentes nas ruas. Essa situação deixa claro como o sistema eletrônico que utilizamos é também uma ferramenta de gestão do trânsito”, acrescenta o supervisor.
A interface entre a fiscalização do transporte e a operação de trânsito acontece na sala de Controle Integrado do COP. Com as imagens das câmeras do controle de tráfego são verificadas interferências de trânsito que refletem na regularidade dos ônibus. Nesse caso, são tomadas medidas, como escalar agentes para operar o trânsito, elaborar desvios, chamar reboques. Assim, as ocorrências abrem espaço para a circulação do transporte coletivo e dos veículos particulares.
Outro monitoramento das linhas e do funcionamento das estações também é executado por meio de câmeras, instaladas nas estações de integração e de transferência do MOVE. “Conseguimos verificar as estações, bilheterias, roletas nas áreas de integração entre linhas, as plataformas, as travessias de acesso dos passageiros. As imagens nos permitem checar se as portas dos veículos estão funcionando corretamente, se o bilheteiro e os vigilantes estão presentes, a limpeza do local e o vandalismo”, diz José Celso.
Técnicos em campo
Carlos Xavier é um dos técnicos que saem para as vias para fiscalizar o transporte coletivo com base nos dados colhidos na sala de Controle Integrado e nas reclamações dos usuários que chegam à empresa por meio de diversos canais de contato com a população. “Vamos para as vias para fazer a confrontação ‘in loco’ e com um roteiro traçado”, explica Xavier.
Nos pontos de controle (ponto final da linha nos bairros) são fiscalizadas as condições do local e dos ônibus, com especial atenção à segurança. Elevador, interior do veículo, pneus, parte elétrica, tacógrafo, cumprimento do quadro de horários são itens checados com o veículo parado. É também um momento de abordagem e de orientação aos motoristas e cobradores.
A equipe pode intervir antes do início da viagem. Se o elevador, por exemplo, não está funcionando corretamente, é estabelecida a saída de outro veículo. O consórcio operador da linha é autuado, a Autorização de Tráfego (AT) é retirada e o carro, recolhido para a garagem para correção. Para receber nova AT, o ônibus deve passar pela vistoria na BHTrans.
Checagens a bordo
Há também as verificações de lotação dos ônibus e do comportamento dos motoristas e agentes de bordo (cobradores). Essas fiscalizações são feitas a bordo, durante as viagens, com os técnicos descaracterizados. Elas são muito importantes, pois proporcionam uma situação ideal para averiguar aspectos subjetivos de uma reclamação, como mau humor ou falta de simpatia dos motoristas e cobradores.
“Durante uma viagem, verificamos também se o motorista está parando nos pontos regulamentados, se cumpre o itinerário e se está estacionando próximo da calçada nas vias ou alinhado nas plataformas, tanto dentro das estações de integração quanto nas de transferência do MOVE”, acrescenta Carlos Xavier.
Verificações que preservam a segurança
Freio de porta: é o que garante abertura e fechamento das portas somente com o ônibus parado
Sistema elétrico: freios, luzes, setas
Painéis informativos internos
Pneus
Saídas de emergência
Balaústre (barras onde os passageiros seguram)
Tacógrafo
Números
. Frota de ônibus convencional e MOVE: 2.849 veículos
. Ônibus acessível: 2.776 – 97% do total da frota
. Cerca de 100 itens fiscalizados nos veículos e na operação
. 12 ações externas de fiscalização por dia pelas equipes técnicas
. 320 ações internas de fiscalização, diariamente, em quatro turnos de trabalho, na Sala de Controle Integrado do Centro de Controle Operacional da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH), por meios eletrônicos e medidas como acionamento de agentes de trânsito, solicitação de reboques, requisição de viagens extras, alterações semafóricas e outras.
Pois essas características são alvo de fiscalizações diárias realizadas pela BHTrans. O objetivo é fazer cumprir os mais de 100 requisitos estabelecidos para a operação do transporte coletivo, tendo como meta a qualidade do serviço prestado para a população.
Para isso, a empresa faz verificações que abrangem desde as condições dos veículos à operação do sistema, passando pelo cumprimento dos horários e itinerários, os pontos de embarque e desembarque, a circulação pelas ruas e avenidas e o comportamento dos operadores (motoristas e cobradores), entre outros itens.
Uma dessas fiscalizações são as vistorias preventivas feitas nos pontos finais das linhas, nos bairros e nas áreas de estocagem dos ônibus, nas estações de integração do BHBUS/MOVE - Barreiro, Vilarinho, Pampulha, São Gabriel, Venda Nova e Diamante. Nesses locais, técnicos da BHTrans fazem um check up nos veículos.
Nas plataformas de embarque e desembarque dessas estações são checados aspectos da operação das linhas, como a pontualidade nos horários de partida, o alinhamento correto dos ônibus em relação ao meio-fio e a acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes.
“As equipes cobram o cumprimento do que é estabelecido, desde afixação do quadro de horários, cartazes informativos, telefones de contatos para os usuários e o funcionamento do validador - dentro dos coletivos -, como redobram a atenção naqueles aspectos ligados diretamente à segurança, como pneus, extintores, freios e a parte elétrica”, explica Artur José Dias de Abreu, gerente de Auditoria e Operação de Transportes da BHTrans.
Controle eletrônico
As fiscalizações ocorrem durante 24 horas nos 365 dias do ano. Isso é possível com a associação do trabalho dos técnicos, que se revezam em quatro turnos, com o uso da tecnologia que permite obter um retrato do funcionamento dos coletivos nas vias.
Um sistema eletrônico localizado no Centro de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) dá acesso, por meio de mapas digitais, a todos os ônibus da frota, com informações da localização ao longo do itinerário, os horários, os intervalos entre as viagens e o funcionamento das linhas nos corredores do MOVE Antônio Carlos e Cristiano Machado.
O supervisor de Auditoria e Operação de Transportes José Celso Lana fala dos benefícios do sistema. “Fazemos uma gestão do transporte de maneira bem ampla. Há um painel de gestão de viagem que nos mostra o número da linha e do ônibus, a hora programada para saída e o horário em que de fato foi dada a partida, as vias por onde o ônibus está passando, tudo isso em tempo real. Por isso, sabemos dos cumprimentos e omissões e podemos atuar sobre as irregularidades.”
José Celso conta que em uma situação de atraso ou omissão de viagem é feito um contato com o consórcio que opera a linha por meio do Transfácil (consórcio formado pelas empresas de transporte) e é determinada a entrada de outro carro na linha ou realização de viagens extras. Além de interferir para solucionar o problema, a BHTrans autua a empresa, não havendo ocorrência que justifique o descumprimento das regras estabelecidas.
“Avaliamos a situação como um todo. Se há manifestação na área central, por exemplo, não adianta colocar mais ônibus; é melhor administrar as viagens, acionando os agentes nas ruas. Essa situação deixa claro como o sistema eletrônico que utilizamos é também uma ferramenta de gestão do trânsito”, acrescenta o supervisor.
A interface entre a fiscalização do transporte e a operação de trânsito acontece na sala de Controle Integrado do COP. Com as imagens das câmeras do controle de tráfego são verificadas interferências de trânsito que refletem na regularidade dos ônibus. Nesse caso, são tomadas medidas, como escalar agentes para operar o trânsito, elaborar desvios, chamar reboques. Assim, as ocorrências abrem espaço para a circulação do transporte coletivo e dos veículos particulares.
Outro monitoramento das linhas e do funcionamento das estações também é executado por meio de câmeras, instaladas nas estações de integração e de transferência do MOVE. “Conseguimos verificar as estações, bilheterias, roletas nas áreas de integração entre linhas, as plataformas, as travessias de acesso dos passageiros. As imagens nos permitem checar se as portas dos veículos estão funcionando corretamente, se o bilheteiro e os vigilantes estão presentes, a limpeza do local e o vandalismo”, diz José Celso.
Técnicos em campo
Carlos Xavier é um dos técnicos que saem para as vias para fiscalizar o transporte coletivo com base nos dados colhidos na sala de Controle Integrado e nas reclamações dos usuários que chegam à empresa por meio de diversos canais de contato com a população. “Vamos para as vias para fazer a confrontação ‘in loco’ e com um roteiro traçado”, explica Xavier.
Nos pontos de controle (ponto final da linha nos bairros) são fiscalizadas as condições do local e dos ônibus, com especial atenção à segurança. Elevador, interior do veículo, pneus, parte elétrica, tacógrafo, cumprimento do quadro de horários são itens checados com o veículo parado. É também um momento de abordagem e de orientação aos motoristas e cobradores.
A equipe pode intervir antes do início da viagem. Se o elevador, por exemplo, não está funcionando corretamente, é estabelecida a saída de outro veículo. O consórcio operador da linha é autuado, a Autorização de Tráfego (AT) é retirada e o carro, recolhido para a garagem para correção. Para receber nova AT, o ônibus deve passar pela vistoria na BHTrans.
Checagens a bordo
Há também as verificações de lotação dos ônibus e do comportamento dos motoristas e agentes de bordo (cobradores). Essas fiscalizações são feitas a bordo, durante as viagens, com os técnicos descaracterizados. Elas são muito importantes, pois proporcionam uma situação ideal para averiguar aspectos subjetivos de uma reclamação, como mau humor ou falta de simpatia dos motoristas e cobradores.
“Durante uma viagem, verificamos também se o motorista está parando nos pontos regulamentados, se cumpre o itinerário e se está estacionando próximo da calçada nas vias ou alinhado nas plataformas, tanto dentro das estações de integração quanto nas de transferência do MOVE”, acrescenta Carlos Xavier.
Verificações que preservam a segurança
Freio de porta: é o que garante abertura e fechamento das portas somente com o ônibus parado
Sistema elétrico: freios, luzes, setas
Painéis informativos internos
Pneus
Saídas de emergência
Balaústre (barras onde os passageiros seguram)
Tacógrafo
Números
. Frota de ônibus convencional e MOVE: 2.849 veículos
. Ônibus acessível: 2.776 – 97% do total da frota
. Cerca de 100 itens fiscalizados nos veículos e na operação
. 12 ações externas de fiscalização por dia pelas equipes técnicas
. 320 ações internas de fiscalização, diariamente, em quatro turnos de trabalho, na Sala de Controle Integrado do Centro de Controle Operacional da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH), por meios eletrônicos e medidas como acionamento de agentes de trânsito, solicitação de reboques, requisição de viagens extras, alterações semafóricas e outras.