O curso de Formação e Vivência em Informática para Jovens, viabilizado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e desenvolvido pela Empresa de Informática e Informação de Belo Horizonte (Prodabel), vai ganhar mais duas novas turmas. Com a medida, mais 40 adolescentes com idade entre 15 e 20 anos, terão a chance de aprender sobre o mundo da informática e levar este conteúdo até os moradores de comunidades da capital.
Antes mesmo da conclusão das atividades da primeira turma, que acontecerá no início de novembro, a coordenação decidiu criar os dois novos grupos, com início nesta semana - sendo uma turma pela manhã e outra na parte da tarde. Isto em função da alta procura por parte dos adolescentes e, principalmente, da aceitação nas comunidades. O curso é gratuito e todos recebem um auxílio-transporte, graças a uma parceria com o Sindicato dos Transportes de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH).
Voltado para pessoas com idade entre 15 e 20 anos, o projeto é dividido em quatro etapas, cada uma delas com a duração de três semanas. São duas fases em sala de aula e outras duas nos bairros onde moram, de maneira intercalada. Na primeira e na terceira, os alunos terão aulas teóricas sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), incluindo noções sobre informática básica e o uso da Internet e das redes sociais, sistemas de informação e o mundo da programação.
O curso é ministrado no Centro de Qualificação em Tecnologia da Informação (CQTI) da Prodabel, no bairro Ipiranga, região Nordeste da capital. Já a segunda e quarta etapas contemplam as práticas do processo – e os jovens se tornam monitores dos Telecentros nas comunidades, repassando o conhecimento adquirido aos moradores. Este trabalho é monitorado por gestores.
“De um lado, os alunos ganham uma oportunidade de aprendizagem e inclusão digital; de outro, a comunidade mantém os Telecentros em atividade, sempre com pessoas dispostas a disseminar o conhecimento”, afirma Leonardo Roscoe, diretor de Inclusão Digital da Prodabel.
Os Telecentros, vale lembrar, são espaços públicos municipais de inclusão digital. Ao todo, são 302 em Belo Horizonte, distribuídos nas nove regionais da cidade.
Ampliação
Em função da repercussão positiva, além das duas novas turmas do curso, está prevista uma ampliação significativa a partir de 2018, quando a intenção é chegar a, pelo menos, 240 adolescentes divididos em várias turmas. Uma das estratégias é incluir jovens aprendizes na atividade. “É um plano ambicioso, mas que é possível de ser alcançado. Queremos implantar um trabalho contínuo e benéfico para todos”, adianta Leonardo Roscoe.
Para que isto aconteça, a unidade Ipiranga da Prodabel já está sendo adaptada, com a criação de novas salas de aula. O mais importante, neste caso, é que todo o equipamento utilizado é fruto de doações e parcerias, ou seja, não há gasto de dinheiro público. Um dos exemplos é a utilização de computadores que foram recondicionados na própria Prodabel.