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BH em Pauta: Políticas Sociais tem teatro de Mobilização

Membro do teatro se apresenta paa mais de trinta crianças.Fotos: Divulgação/PBH

BH em Pauta: Políticas Sociais tem teatro de Mobilização

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Provocar o riso, emocionar, mas principalmente conscientizar. Este é o objetivo do grupo de teatro Cia de Arte e Mobilização, da Secretaria Municipal de Políticas Sociais. Na estrada há 17 anos, a companhia utiliza a linguagem cênica para propor o debate e a reflexão de assuntos ligados ao universo das políticas públicas.

Criado no ano 2000, a partir do Núcleo de Mobilização e Comunicação da Secretaria Municipal de Assistência Social, o grupo MOBS, como é mais conhecido, conta hoje com mais de 1.200 apresentações no currículo e um público de mais de 250 mil pessoas atingidas. Os temas abordados com humor e criatividade vão desde o trabalho infantil e o estatuto do idoso à violência contra a mulher, passando ainda pela proteção familiar e pelo funcionamento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

Os quatro atores que integram a Cia – Fernanda Araújo, Janaína Starling, Camilo Lelis e André Maurício – têm formação profissional em teatro. A cada nova montagem, eles realizam uma pesquisa profunda sobre o tema e desenvolvem, a partir de diálogos e experimentações, textos que visam a informação de forma leve e descontraída, porém responsável.

Segundo Janaína Starling, coordenadora do grupo, o processo de criação no MOBS é basicamente igual a de qualquer outro grupo de teatro; o diferencial está no envolvimento do ator com o objeto de estudo e de trabalho. “É importante estarmos inseridos, entendermos o contexto, os objetivos daquela determinada política. Nossa intenção é fazer sempre algo de qualidade, um produto crítico, que realmente vá fazer diferença para quem for assistir.”


A bala no semáforo

Crianças na Pista, criada em 2006, é uma das montagens de maior repercussão do grupo. Com 35 minutos de duração, a esquete propõe uma reflexão sobre a exploração do trabalho infanto-juvenil e seus malefícios.

Judite, mãe de Josivaldo, vive do comércio informal nas ruas e desde que o filho era pequeno, leva-o para acompanhá-la nas vendas. Josivaldo cresce, dá continuidade ao trabalho da mãe e, da mesma forma, leva os dois filhos – Bia e José Carlos, para ajudá-lo. A montagem questiona o ciclo de pobreza e violação de direitos que se perpetua nesta família.

Para o ator André Maurício, embora a peça tenha sido desenvolvida em 2006, o tema é ainda muito atual e mesmo quando encenado neste ano, em 2017, muitos se surpreendem questionando o comportamento trivial que têm. “A gente acha normal comprar a bala no semáforo, dar gorjeta para a mímica, mas, sem querer, o que fazemos é perpetuar a condição deles. O poder público oferta alternativas, oportunidades de trabalho e estudo, e é isso que precisamos levar para estas famílias.”


Menos sal, menos açúcar

De olho na segurança alimentar, o grupo já iniciou, desde o mês de maio, o acompanhamento de oficinas de nutrição.

Os trabalhos que envolvem os alunos das escolas municipais têm o objetivo de despertar nas crianças o interesse pelas boas práticas alimentares e hábitos de vida saudáveis. Além disso, o grupo desenvolveu também uma esquete para os cursos de capacitação das cantineiras das escolas.

O texto, recheado de humor e surpresas, lembra que é possível preparar uma alimentação com menos sal, menos óleo e menos açúcar, no caso dos sucos, mas não menos saborosa. “É um universo totalmente novo para a gente que lidava principalmente com a questão das políticas de assistência social. Está sendo superbacana fazer e o retorno do público tem sido muito positivo”, conta André Maurício.


Ampliação

Até dezembro, a agenda do Teatro MOBS está repleta de espetáculos. Entretanto, a coordenação do grupo conta que pedidos para intervenções podem ser feitos e serão analisados pelo gabinete da SMPS. O telefone de contato é o 3277-9009.
 
 

30/08/2017. Teatro de Mobilização promove conscientização aliado arte e informação. Fotos: Divulgação/PBH

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