O Zoológico da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH) vai receber, nos próximos dias, três indivíduos de arara-azul-de-lear para participar de um importante projeto de manejo reprodutivo que é parte do Plano de Ação Nacional (PAN) para a conservação da espécie. Duas delas, uma fêmea e um macho, virão do Zoológico do Rio de Janeiro, enquanto outra, um macho, da Fundação Parque Zoológico de São Paulo. A proposta é que eles se juntem a uma fêmea da espécie que vive no Zoo de BH para formarem pares e reproduzirem.
No entanto, as quatro aves que serão reunidas no Zoológico da FZB-BH para oportunidade de acasalamento têm uma particularidade: possuem algum tipo de deficiência, como incapacidade de voar ou de se locomover em terra, devido à lesões permanentes ou à falta de um pedaço da asa ou de uma pata. Segundo a bióloga Márcia Procópio, gerente da Seção de Aves da FZB-BH, “todas as araras envolvidas nesse projeto são de vida livre e possuem algum tipo de deficiência por conta do tráfico e de maus-tratos.”
A proposta de favorecer o comportamento de livre escolha dos parceiros sexuais para reprodução com aves que apresentam deficiência física ocorreu, em 2005, em uma reunião anual do PAN Arara-azul-de-lear. “Naquele ano já havia o interesse por parte da FZB-BH em receber pelo menos um macho, que também não pudesse voar, para acasalar com a fêmea do Zoo de BH que apresenta deficiência na asa”, conta Márcia.
De acordo com a bióloga, essa técnica de pareamento para reprodução é chamada de flocking – quando é realizada com aves que possuem deficiência física chama-se para-flocking. “A Fundação Zoo-Botânica, que já participa do flocking desde junho do ano passado, agora terá a oportunidade de também fazer parte do para-flocking. A data de chegada das aves ainda não foi comunicada, mas já estamos com tudo preparado para recebê-las”, afirma.
O objetivo dessas técnicas do Programa de Cativeiro da Arara-azul-de-lear do Plano de Ação Nacional é tentar formar casais entre as aves aptas à reprodução. “Isso possibilita o nascimento de novos indivíduos com herança genética silvestre. Aumentando o número de indivíduos, há a possibilidade até mesmo de soltura desses filhotes na fase adulta”, explica Márcia.
Esse projeto de manejo e conservação é coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisas para Conservação das Aves Silvestres (ICMBio/CEMAVE), com a parceria de instituições nacionais e internacionais. Além de perpetuação da espécie e reintrodução na natureza, ele também contribui com outras ações de conservação da espécie, uma vez que, por meio desses indivíduos em cativeiro, pode-se conhecer melhor o comportamento e a biologia desses animais.
É importante ressaltar ainda que, como vítimas de maus-tratos, as aves que participam do para-flocking também trazem a oportunidade à instituição de trabalhar com mais ênfase a conscientização do público com relação às ameaças sofridas pela espécie na natureza.
Cuidados especiais
Os três indivíduos que virão participar do para-flocking já passaram por quarentena nos zoológicos de origem, mas ao chegarem ao Zoológico de BH passarão por uma nova, com a fêmea que está na FZB-BH. “Após esse período é que terá início a aproximação dos quatro indivíduos. À medida que ocorrer o pareamento, o casal será destinado a uma instituição credenciada pelo plano de manejo da arara-azul-de-lear”, explica a bióloga.
Tratador de animais da Seção de Aves há seis anos, Márcio Fortes diz que, além de uma observação mais atenta às aves que participam desse projeto, existe a preocupação de fazer com que os recintos fiquem com a aparência mais próxima possível do ambiente natural de reprodução. “Tentamos fazer com que os indivíduos do para-flocking consigam ter maior mobilidade no recinto interligando poleiros (cordas e madeiras) com bebedouros, comedouros e abrigos. Assim, daremos mais segurança a eles e podemos evitar que caiam”, explica.
Segundo ele, sendo o flocking uma ação que aumenta a chance de reprodução dessa espécie ameaçada de extinção, a rotina de cuidados dessas aves deve ser bem seguida. “Na parte da manhã, fazemos o asseio do recinto, dos bebedouros e comedouros, sempre observando se existe algo a ser feito ou se tem algo errado no comportamento das aves. Depois as tratamos. No restante do dia observamos e monitoramos. O mesmo faremos com as aves do para-flocking”, conclui.
No entanto, as quatro aves que serão reunidas no Zoológico da FZB-BH para oportunidade de acasalamento têm uma particularidade: possuem algum tipo de deficiência, como incapacidade de voar ou de se locomover em terra, devido à lesões permanentes ou à falta de um pedaço da asa ou de uma pata. Segundo a bióloga Márcia Procópio, gerente da Seção de Aves da FZB-BH, “todas as araras envolvidas nesse projeto são de vida livre e possuem algum tipo de deficiência por conta do tráfico e de maus-tratos.”
A proposta de favorecer o comportamento de livre escolha dos parceiros sexuais para reprodução com aves que apresentam deficiência física ocorreu, em 2005, em uma reunião anual do PAN Arara-azul-de-lear. “Naquele ano já havia o interesse por parte da FZB-BH em receber pelo menos um macho, que também não pudesse voar, para acasalar com a fêmea do Zoo de BH que apresenta deficiência na asa”, conta Márcia.
De acordo com a bióloga, essa técnica de pareamento para reprodução é chamada de flocking – quando é realizada com aves que possuem deficiência física chama-se para-flocking. “A Fundação Zoo-Botânica, que já participa do flocking desde junho do ano passado, agora terá a oportunidade de também fazer parte do para-flocking. A data de chegada das aves ainda não foi comunicada, mas já estamos com tudo preparado para recebê-las”, afirma.
O objetivo dessas técnicas do Programa de Cativeiro da Arara-azul-de-lear do Plano de Ação Nacional é tentar formar casais entre as aves aptas à reprodução. “Isso possibilita o nascimento de novos indivíduos com herança genética silvestre. Aumentando o número de indivíduos, há a possibilidade até mesmo de soltura desses filhotes na fase adulta”, explica Márcia.
Esse projeto de manejo e conservação é coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisas para Conservação das Aves Silvestres (ICMBio/CEMAVE), com a parceria de instituições nacionais e internacionais. Além de perpetuação da espécie e reintrodução na natureza, ele também contribui com outras ações de conservação da espécie, uma vez que, por meio desses indivíduos em cativeiro, pode-se conhecer melhor o comportamento e a biologia desses animais.
É importante ressaltar ainda que, como vítimas de maus-tratos, as aves que participam do para-flocking também trazem a oportunidade à instituição de trabalhar com mais ênfase a conscientização do público com relação às ameaças sofridas pela espécie na natureza.
Cuidados especiais
Os três indivíduos que virão participar do para-flocking já passaram por quarentena nos zoológicos de origem, mas ao chegarem ao Zoológico de BH passarão por uma nova, com a fêmea que está na FZB-BH. “Após esse período é que terá início a aproximação dos quatro indivíduos. À medida que ocorrer o pareamento, o casal será destinado a uma instituição credenciada pelo plano de manejo da arara-azul-de-lear”, explica a bióloga.
Tratador de animais da Seção de Aves há seis anos, Márcio Fortes diz que, além de uma observação mais atenta às aves que participam desse projeto, existe a preocupação de fazer com que os recintos fiquem com a aparência mais próxima possível do ambiente natural de reprodução. “Tentamos fazer com que os indivíduos do para-flocking consigam ter maior mobilidade no recinto interligando poleiros (cordas e madeiras) com bebedouros, comedouros e abrigos. Assim, daremos mais segurança a eles e podemos evitar que caiam”, explica.
Segundo ele, sendo o flocking uma ação que aumenta a chance de reprodução dessa espécie ameaçada de extinção, a rotina de cuidados dessas aves deve ser bem seguida. “Na parte da manhã, fazemos o asseio do recinto, dos bebedouros e comedouros, sempre observando se existe algo a ser feito ou se tem algo errado no comportamento das aves. Depois as tratamos. No restante do dia observamos e monitoramos. O mesmo faremos com as aves do para-flocking”, conclui.