O pedreiro Jair Antônio da Rocha aguardava por uma vaga para ser submetido a uma cirurgia de retirada de dois parafusos no joelho esquerdo. A esposa, Paula Francisca de Castro Rocha, conta que foi um alívio quando eles receberam a notícia de que a vez do marido havia chegado. “O atendimento é ótimo”, elogia Paula, referindo-se ao Hospital do Barreiro, como é popularmente conhecido o Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro.
Jair conseguiu a cirurgia graças aos 99 leitos abertos no fim do mês de agosto, pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Saúde, que fez a fila andar. “O mais importante para nós é conseguir aumentar o acesso da população a cirurgias, internações clínicas e exames dos quais ela precisa tanto”, afirma Maria do Carmo, diretora-executiva do Hospital do Barreiro.
O balanço de um mês de funcionamento do hospital com os novos leitos é muito positivo. O número de internações aumentou 53,5% em setembro. Antes, eram 342 internações, em média, por mês. Com os novos leitos, o número subiu para 525.
O número de cirurgias eletivas, aquelas que são marcadas com antecedência, cresceu mais que o dobro. Sem os 99 novos leitos, eram feitas 133 cirurgias por mês. Em setembro, o número registrado foi de 291, ou seja, um aumento de 118,7%.
Com os exames de imagem como ultrassonografia, ecocardiograma, endoscopia, colonoscopia, raio-X e tomografia não foi diferente. Houve um aumento de 73,4% logo nesse início. Antes, eram realizados 1.918 exames por mês. Já foram feitos 3.327.
O mecânico Cristiano Antônio Barbosa também foi chamado para a realização de uma cirurgia. Ele rompeu o ligamento do polegar da mão esquerda e estava sem trabalhar, à espera de uma vaga. “A abertura desses leitos foi muito importante. Um excelente hospital. A estrutura é muito boa mesmo”, comenta o mecânico.
“Nós sabemos o que é uma espera de um paciente em um corredor de hospital por um atendimento mais digno e qualificado. Então, para a direção de um hospital, isso é uma realização. Isso coroa a trajetória da gente como trabalhadora do SUS”, celebra a diretora-executiva Maria do Carmo. “Gosto muito de trabalhar aqui, principalmente de ajudar as pessoas. A maior gratidão da gente é quando o paciente recebe alta e ele agradece. Isso é tudo de bom”, relata a enfermeira Patrícia Heitmann.