“Diminuí a quantidade de remédio que tomava e aumentei a minha saúde”, afirma a ex-lavadeira de roupas Joaquina Terezinha de Miranda, ao falar da qualidade de vida que ganhou ao passar a frequentar as atividades esportivas e recreativas do programa Vida Ativa, desenvolvido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Quina, como é conhecida, tornou-se uma adepta do programa após convites insistentes da amiga e vizinha Albertina Tomaz Neves. Agora, as amigas octogenárias frequentam juntas, com assiduidade, as aulas no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), localizado no bairro Jardim Leblon, regional Venda Nova.
Moradora do bairro Céu Azul, na Pampulha, Quina diz que tomou gosto pela prática de atividades físicas graças ao Vida Ativa. “Como também faço exercícios em casa, acabo servindo de exemplo para meu marido, filhos e netos, que ainda não têm esse costume”, contou. Outro hábito que ela adquiriu após a frequência ao programa foi a prática da caminhada, que realiza todos os dias em uma pista perto de casa. “Nos momentos de caminhada, aprecio o verde, o cantar dos passarinhos. Vejo pessoas e ainda cuido da minha saúde”, relatou.
A amiga Albertina está sempre atenta e destaca a importância dos esclarecimentos feitos aos participantes. “Aqui a gente recebe muitas informações sobre como levar uma vida saudável, com hábitos e alimentação adequados”, concluiu.
Bate-papo com as amigas
Quem tem uma história parecida é a auxiliar de serviços gerais aposentada Francisca Ferreira de Souza, de 63 anos, moradora do Jardim Leblon. Ela também virou adepta do Vida Ativa após os convites reiterados de vizinhas.
Francisca, que se matriculou no programa em 2017, afirma que o período de aulas nas tardes de terças e quintas constitui na única agenda da semana que ela dedica a cuidar da saúde e do corpo.
O bate-papo com as amigas antes e depois das aulas também faz parte do ritual. “Não falamos sobre filhos, netos e maridos e nem receitas culinárias, e sim sobre assuntos de passeios e de moda”, relata, completando que, a exemplo de Quina, reduziu a quantidade de remédio graças às atividades físicas.
O programa não contribui apenas para melhorar a saúde física, assegura a viúva Ilda Maria de Mendonça. Ela conta que há dois anos se curou da depressão pela morte do marido, com a decisão de frequentar as aulas. “Considero o Vida Ativa uma coisa maravilhosa que aconteceu em minha vida, uma família que ganhei”, relata.
Ginástica, jogos e dança
O programa da PBH promove atividades físicas, de lazer e de socialização para a população com idade superior a 50 anos. Tem o objetivo de planejar e executar ações que despertem no público adulto e idoso a consciência sobre a importância da prática regular de atividades físicas para a melhoria da saúde e do bem estar.
Há atendimento semanal a 41 núcleos regionalizados, com aulas coletivas de ginástica, jogos, brincadeiras e dança. Além de dez Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI’s), com a realização de atividades físicas e recreativas adaptadas. Cerca de 2.800 alunos são atendidos mensalmente.
Para frequentar o programa, o pretendente deve procurar um desses 41 núcleos regionais do serviço. É exigida a apresentação dos seguintes documentos: atestado médico liberando para a prática de atividade física leve a moderada (original), comprovante de endereço (original), carteira de identidade (original), além de preenchimento de formulário próprio que pode ser retirado no local de atendimento, duas fotos 3x4 recentes e receita médica no caso de uso de medicamento contínuo.
A equipe do programa realiza visitas semanais às ILPI's conveniadas com a PBH. Os idosos interessados dessas unidades participam das atividades de forma espontânea.
Mais informações sobre o programa pelo telefone (31) 3246-5071, de segunda a sexta-feira de 8h às 17h, ou pelo e-mail vidaativa@pbh.gov.br.