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Parque das Águas atrai cada vez mais visitantes e fotógrafos

Senhora caminhando na calçada do Parque das Águas, muito verde ao redor.Foto: Lidiane Sant'Ana

Parque das Águas atrai cada vez mais visitantes e fotógrafos

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O cheiro suave de mato, o canto dos pássaros, a brisa e o som das corredeiras de água remetem quem cruza os portões do Parque das Águas Roberto Burle Marx (avenida Ximango, 809, Flávio Marques Lisboa - Barreiro) a um tipo de oásis. Um deleite para todos os sentidos, a paisagem enche os olhos com muito verde e amplos canteiros de flores. 

Não é raro ver visitantes com grande volume de bagagens transitarem pelo Parque das Águas. Cenário de muitos registros afetivos, aniversariantes, gestantes e noivas caprichosamente maquiadas, todos fazem pose para fotógrafos nos mais diversos espaços. “Fiz minhas fotos pré-casamento e voltei para fazer as de pós-casamento”, conta Daiane Ribeiro, ao entrar no parque com o vestido que usou durante a cerimônia realizada no último sábado. “Tiramos as fotos desse lado direito e hoje vamos fazer do lado esquerdo”, diz o noivo Isac Roberto, apontando para as laterais do caminho de frente para o portão. 

De um lado, uma fonte de pedra e canteiros floridos; do outro, uma fonte de ferro, em meio às arvores e ao extenso gramado. “Fotografo no parque pelas inúmeras possibilidades de cenário que ele me oferece. O cuidado mantido na limpeza e manutenção e a extensa área verde chamam atenção. Além disso, ele abre às segundas-feiras, quando muitos parques estão fechados”, justifica a fotógrafa Stephany Andress.

Fontes, cursos d’água serpenteando o gramado, esculturas, lago, ponte, mesinhas sob a sombra das árvores, casa sede, flores multicoloridas, os mais diversos cantos e detalhes do parque aguçam a sensibilidade dos fotógrafos e visitantes. “Quando quero dar um toque mágico na foto utilizo a própria vegetação para criar esse efeito”, atesta Stephany. “Aqui é muito bem conservado, exploramos ao máximo cada detalhe. Saímos do bairro da Graça para vir aqui e já trouxemos muitas noivas”, reforça Vanderléia Almeida, que trabalha com filmagens.

Ao final do caminho é possível ver a casa sede da administração, construída em 1922 para ser casa de descanso do prefeito de Belo Horizonte. Ela é antecedida por um galpão, posicionado à direita. Nele trabalham costureiras da comunidade e são oferecidas aulas de dança do ventre, alongamento, terapia chinesa lian gong e a Academia da Cidade. Aos 71 anos, dona Nadir Pereira dá aula de disposição. “Participo da Academia da Cidade às terças, quintas e sextas. Antes da ginástica, faço meia hora de caminhada no parque”, conta. 

A Academia oferece aulas em sete horários. Ao todo, atende 240 alunos. “Temos dados que mostram que a adesão é maior e que as pessoas se sentem muito melhor ao se exercitarem em locais onde tenham contato com a natureza”, destaca o educador físico da Academia, João Artur, que há cinco anos dá aula no Parque.

A capela de São Tarcísio na lateral esquerda e aos fundos há uma arena, quedas d’água, uma pequena trilha e uma escadaria de 174 degraus, que dão acesso à parte alta do parque. Quem encara o desafio de subi-la é premiado por uma ampla vista da região. A mata do parque e do seu entorno, o pontilhão e os bairros próximos podem ser avistados de lá, onde um parquinho, pista de cooper, um campo e três quadras com arquibancada estão à disposição dos visitantes. 

Um caminho calçado é opção para retornar à parte baixa. Pouco antes de chegar a uma das portarias, é possível descer o gramado à esquerda. Quem faz esse caminho encontra um lago onde é comum ver garças e tartarugas. Banquinhos na margem convidam a observar a paisagem e os animais. Uma pequena e bucólica ponte dá acesso, de volta, ao amplo gramado por onde se entra no parque. 

Um roteiro para quem quer testar o fôlego, mas que também pode ser muito bem usufruído por quem optar por um piquenique à sombra de uma das jabuticabeiras. A alegria das crianças correndo pelos gramados divide espaço com o aconchego preguiçoso dos enamorados. Seja para fotografar, descansar, namorar ou brincar, o Parque das Águas é um convite a uma aproximação com a natureza. 

Além dos atrativos naturais, o parque é palco de apresentações de teatro e música e já recebeu orquestras, grupos de congado, aulas de tai chi chuan, além de eventos educativos, religiosos e esportivos. “Nos finais de semana de sol, chegamos a receber cerca de 2mil visitantes por dia”, contabiliza a gerente, Joseane de Jesus. 

 


Educação Ambiental

Pelo recanto, localizado aos pés da Serra do Rola Moça, correm águas límpidas das nascentes que abastecem bairros da região, dando às crianças a oportunidade rara de refrescarem mãos e pés em água corrente. “O objetivo é que sintam a limpidez da água próximo à nascente”, explica Joseane. A irrigação do parque é feita pela água do Córrego do Clemente, afluente do ribeirão Arrudas que integra a bacia do Rio São Francisco.

Escolas da região são assíduas frequentadoras das trilhas. Com 178mil m² de área, o parque abriga uma pequena mata, com espécies nativas representativas de mata ciliar e diversos pássaros além do tiê sangue, uma ave rara no Estado. Além da oportunidade de contato direto com a natureza, o Parque também abriga o Centro de Educação Ambiental Barreiro, com um espaço para realização de oficinas e pequenos eventos.

O Parque das Águas Roberto Burle Marx fica aberto todos os dias, das 7h às 18h.


 

16/11/2017. Parque Ecológico Roberto Burle Marx - Parque das águas. Fotos: Lidiane Sant'Ana/PBH

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